P u r a P o e s i a

Sei bem que andas buscando pedaços do meu coração em estradas que eu não mais caminho em ruas que não quero passar e por tantos falsos endereços onde não mais habito com o meu coração bem inteiro

A outra  sílaba era o silêncio Queria dizer mas não disse Podia falar e transformou-se em não palavra Omitiu o que poderia ser a dor maior

cada sonho deve ser degustado com a boca de quem acredita nele

Faltava tão pouco  para o amor ter um fim que a vida precipitou-se e nada mais floriu por lá

No frio do dia espreguiço-me alongo-me e peço que anoiteça uma noite mais feliz entre o sonho e a realidade proponho uma trégua

  Algumas escaparam teimosamente outras se arrastaram pelos quatro cantos e as mais importantes ficaram marcadas a ferro e fogo na lembrança Palavras soltas e destemidas envergonhadas ou agressivas que nunca souberam no momento exato SILENCIAR

Por aquela porta os sentimentos escaparam entre a ventania das  incertezas e os tantos descasos que o tempo inventou

pelas estradas da vida percorremos juntos entre o amor e o desamor traçados pelo imperador destino

Decifrar sentimentos agrupar os desejos temperar com o suor e lágrima a melhor parte que há de surgir