P u r a P o e s i a

Enquanto a noite desvendava sentimentos a Arte encontrou-se em lugares absurdos  

  seja como o sol que fascina o luar sem ao menos encontrá-lo

  repare que a vida pode se derramar em outros espaços onde a cor seja mais intensa  e as vontades escorram firmes pelas veias

  sentar-se no lugar escolhido olhar bem para dentro com generosidade reconhecendo no espelho o que de melhor  há em ti

depois das tempestades invernais há um livre despertar primaveril  

e a descoberta de caminhos inéditos renova os corações aprisionados  

  chega aqui pela manhã e descubra os mistérios que a noite soube guardar entre todas as dores dissolvidas com o tempo

era um sentir tão pequeno era um querer tão extremo era um viver por viver  

Quantas paisagens visito através da linguagem poética? Nem ao menos sei contar por perder-me ao final de cada verso e encontrar-me nas rimas que soube cultivar.  

  Um dia disseram-me que o tempo passaria e eu tentei tapar os ouvidos para tão absurda afirmação mas as nuvens das incertezas encheram meu céu com seus cinzas e esconderam o azul mais azul dos dias impregnados de amanhãs

https://www.instagram.com/mesas.da.cris/   Marcado no relógio da espera que bate no tic tac do coração adornei a mesa com esmero entre sorrisos e lágrimas nos  dias que anteciparam a sua chegada

Há quantos sóis aqui derramados no céu do meu sentir? Há quantas possibilidades desse meu canto encontrar-se com outros acordes e expandir-se por todo o Universo? 

  A tal prática da escrita onde o copo de leite está sobre a mesa se for em prosa e transforma-se em flor no jardim das emoções  se for poesia

  Há um mistério em cada paisagem atitudes entre o ter e o ser relacionando o sagrado ao profano Gritando palavras confusas em nossos ouvidos que clamam por um silêncio profundo

  Liberto-me das histórias que não cumpram mais um tempo de ser feliz.

o céu inteiro de janeiro querendo se firmar no esplendor de um verão carregado de afetos estranhando a carga nociva das cobranças alheias